a short love story to cheer me up
numa tarde quente de sábado, ela olhou em redor e atravessou a estrada nada receando. afinal, hoje podia passear, deambular, um prazer raro. e estava feliz. uma espécie de pequena ave chilreava dentro do peito e o coração aninhava-se mais a cada som. quando entrou na loja de móveis não o viu de imediato. mas depois ele surgiu de detrás do balcão com uma bolacha de aveia enfiada na boca. sorriu largamente. ele. no lugar do coração dele um peixe. saltava fora do peito, quase parecia querer levantar voo e tornava a mergulhar. a agitação era total. como se uma corrente marinha tivesse arrastado uma maré de plâncton borbulhante.
cumprimentou-o e o seu coração saltava no ninho e cantava tão alto que quase não se ouvia. afinal também ela sorria. depois ele disse-lhe olá de volta. os lábios mexeram-se. os dele. o peixe era de cores tão vivas e reflexos verdes soltavam-se das suas escamas.
e depois ela disse montes de coisas. e ele respondeu-lhe. e depois ela saiu, quase abruptamente. o passarinho estava contente, mas sentia-se desajeitado. o peixe ficou a nadar em círculos cada vez mais fechados.
uma semana mais tarde ela voltou... na porta da loja de móveis estava um sinal que suspendia a palavra "fechado". o passarinho chilreou tão baixo que só ela ouviu. pegou numa folha, dobrou-a em forma de estrela e fê-la deslizar por debaixo da porta.
um dia, muito tempo depois, ela passou naquela rua. o passarinho quase escondido, apertado no ninho. a porta aberta e ela entrou. não o viu. mas ouviu um som de chapinhar e em cima da mesa viu a sua estrela. o passarinho voou. o peixe saltou. na estrela estava escrito um simples número de telefone.
cumprimentou-o e o seu coração saltava no ninho e cantava tão alto que quase não se ouvia. afinal também ela sorria. depois ele disse-lhe olá de volta. os lábios mexeram-se. os dele. o peixe era de cores tão vivas e reflexos verdes soltavam-se das suas escamas.
e depois ela disse montes de coisas. e ele respondeu-lhe. e depois ela saiu, quase abruptamente. o passarinho estava contente, mas sentia-se desajeitado. o peixe ficou a nadar em círculos cada vez mais fechados.
uma semana mais tarde ela voltou... na porta da loja de móveis estava um sinal que suspendia a palavra "fechado". o passarinho chilreou tão baixo que só ela ouviu. pegou numa folha, dobrou-a em forma de estrela e fê-la deslizar por debaixo da porta.
um dia, muito tempo depois, ela passou naquela rua. o passarinho quase escondido, apertado no ninho. a porta aberta e ela entrou. não o viu. mas ouviu um som de chapinhar e em cima da mesa viu a sua estrela. o passarinho voou. o peixe saltou. na estrela estava escrito um simples número de telefone.
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