O estranho caso do olhar
Olha-a como se a visse por dentro,como se a conhecesse desde sempre.
As suas sobrancelhas arqueadas, o queixo proeminente, o nariz afilado, a barba por fazer, a pele marcada, o cabelo grisalho dão-lhe o ar distinto de quem sabe o que quer, para onde vai, a ilusão de auto-confiança.
Mas são os olhos doces que o delatam. Que mostram que sofre, que vive entre ambiguidades, que quer e deseja aquilo que (ainda) não tem. Assustam aqueles lagos estagnados complementados pelo sorriso escarninho, pelo esgar de conquista desdenhada. Exala mistérios e fragilidades bem escondidas. Desperta vontades que não se reconhecem e aí... completa-se a fatalidade: eles caem nos braços um do outro.
As suas sobrancelhas arqueadas, o queixo proeminente, o nariz afilado, a barba por fazer, a pele marcada, o cabelo grisalho dão-lhe o ar distinto de quem sabe o que quer, para onde vai, a ilusão de auto-confiança.
Mas são os olhos doces que o delatam. Que mostram que sofre, que vive entre ambiguidades, que quer e deseja aquilo que (ainda) não tem. Assustam aqueles lagos estagnados complementados pelo sorriso escarninho, pelo esgar de conquista desdenhada. Exala mistérios e fragilidades bem escondidas. Desperta vontades que não se reconhecem e aí... completa-se a fatalidade: eles caem nos braços um do outro.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home